Gn.1.26 Também
disse Deus: tenha ele domínio sobre os
peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda
a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.
Tudo que pretendemos fazer, só terá sucesso se o fazemos debaixo de um projeto bem elaborado. Essa característica é um atributo da natureza de Deus em nós.
Quando o Senhor projetava a criação do universo, projetou também a criação do homem. Todos os detalhes foram pensados.
Como nossa proposta e falar sobre finanças à luz da palavra de Deus, quero levar você a pensar na seguinte afirmação na referência bíblica acima: “tenha ele domínio”.
Ao projetar a criação do homem, Deus se inspira em Si próprio:“Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”. A primeira característica que o Senhor retira de sua natureza e incorpora a do homem é a capacidade de dominar.
Ninguém que sirva a Deus, pode pensar em prosperidade sem estar pronto para exercer domínio sobre os sentimentos que o dinheiro gera no coração.
A razão de muitos cristãos serem infiéis é exatamente o domínio que o dinheiro exerce sobre sua vida. O receio que venha a faltar, faz com que se sinta inseguro, principalmente que não está vendo um retorno imediato e palpável.
Quando vou a uma loja e compro algo, levo uma mercadoria que está em minhas mãos e sei o que conquistei com meu dinheiro. No entanto, quando tenho que dizimar e ofertar, não estou levando nada que possa ver consequentemente isso gera uma certa insegurança. Não sei o que está sendo feito com o meu dinheiro.
Jesus, em seus ensinamentos para igreja afirma: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui (Lc.12.15).
Aqui temos dois temas importantes: Avareza e valores. AVAREZA - Segundo o dicionário de Almeida avareza é apego exagerado e nojento ao dinheiro. Quando não consigo ser fiel a Deus entregando a Ele o que é dEle, ou a oferta, que é oferecer a Ele algo que me pertence, estou debaixo de domínio e não exercendo domínio.
Vale acrescentar o que a bíblia trás a seguinte definição de avareza: “...e a avareza, que é idolatria” (Cl.3.5). A afirmação de Paulo mostra que avareza implica em adoração, devoção e sujeição a uma divindade.
Em 1 Coríntios 5:11 - Mas, agora, escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra..., novamente encontramos as palavra avarento e idólatra em relação alguém “dizendo-se irmão”.
Outra referência encontra-se em Efésios 5:5 Porque bem sabeis isto: que nenhum fornicador, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no Reino de Cristo e de Deus.
Paulo chega a afirma que nem salvo é, ou seja: não tem lugar no Reino de Deus; a pessoa que desenvolve o sentimento de avareza.
Ora, se o cristão desenvolve o sentimento de avareza em sua vida, então posso afirmar que seu coração está ocupado demais com o que possui para ter espaço para Jesus.
VALORES – a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui – Existe dois tipos de valores que o ser humano pode desenvolver: a coisas materiais e a espirituais. O senhor está tentando ensinar sobre a necessidade de quebrar os conceitos de valores materiais para desenvolver a importância aos valores espirituais - Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.
Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus (Lc.15.19-21).
Não quero afirmar nem passar a idéias de que não podemos possuir bens materiais, o que não podemos é ser dominados por eles colocado Deus e questões espirituais em segundo plano.
Jesus vai tratar de uma inversão desses valores nesse texto: “Buscai, antes de tudo, o seu reino, e estas coisas vos serão acrescentadas”. Possuir bens é uma benção do Senhor para seus servos, o que não pode é ser a prioridade da vida dos que professam sua fé em Jesus. Prosperidade é uma conseqüência de priorizar questões espirituais.
Ai entra a importância da fidelidade. Somente quando há fidelidade o homem resgata o domínio e não está debaixo de domínio.
Domínio é a consciência de que possuo bens, mas não sou dominado por eles. Eu estou no controle de minhas finanças e bens.
Há muitos servos de Deus que, querendo mostrar-se espiritual, afirmam que Deus está no domínio. No entanto, isso não reflete uma verdade e nem o pode ser. Deus pode estar no governo da vida financeira do cristão e não no domínio, bem como Satanás não domina, pode governar. As finanças do mundo estão debaixo de governo espiritual. Falaremos mais sobre essa questão de governo em outra lição.
Para entender melhor, vejamos o que Pedro disse a Ananias: “Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder?" At.5.4. as expressões: não seria teu? e: não estaria em teu poder? Vem mostrar que o domínio é do homem, ele faz o que bem entender com o que é seu. Se vai dar para Deus, a decisão é pessoal.
Quando Satanás coloca no coração de Ananias para oferecer somente a uma parte, (“...por que encheu Satanás teu coração...” At.5.3) o princípio aqui é obediência a governo. Se a palavra de Deus já define que o cristão deve dizimar e ofertar, e é convencido a não faze-lo, está definido quem está no governo de suas finanças – Satanás. Pedro primeiro fala de Governo e domínio:
Oferta era para Deus: “como tivesse um campo, vendendo-o, trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos” At.4.37.
Satanás entra no coração para interferir: Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? At.5.3.
Ananias tinha o poder para decidir: Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? At.5.4.
A decisão foi pelo conselho de Satanás: “mas, em acordo com sua mulher, reteve parte do preço e, levando o restante, depositou-o aos pés dos apóstolos” At.5.2.
Ananias decidiu quem estava no governo embora estive no domínio.
A eleição de governo é definida pelo princípio de obediência: “Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos” Rm.6.16. Como Ananias podia afirmar ser servo de Deus e obedecer a Satanás? Como podemos fazer à mesma afirmação de nossa fé e não obedecermos ao Senhor?
Watchman Nee, em seu livro Autoridade e Submissão assim define esse princípio afirmando que isso só é possível quando temos entendimento de Reino: “ Pois Teu é o Reino o poder e a glória para sempre. Amém” “Essa é a declaração mais importante. O Reino é de Deus como também a autoridade e a glória. Tudo é de Deus. O que nos liberta completamente de Satanás é ver essa coisa mais preciosa – que o Reino é de Deus. A Administração de todo universo está debaixo de Deus. Por isso temos de aprende a nos submeter a autoridade de Deus.
Satanás mostrou ao Senhor todos os reinos da terra. Mas o Senhor disse que todo o reino do céu é de Deus. Precisamos ver a quem, em última instância, pertence a autoridade”. Quando reconheço autoridade estou debaixo de governo.
Há possibilidade de estar na igreja e ainda viver debaixo do governo de Satanás? Watcman Nee, no mesmo livro diz: “Na obra de Deus existe a probabilidade de, em princípio, podermos permanecer do lado de Satanás, enquanto em doutrina permanecermos do lado de Cristo”. Aqui entendemos o princípio da obediência. Acatamos a doutrina da igreja, mas falhamos na obediência a Cristo.
Você foi criado por Deus para dominar e não para ser dominado.
Este material é parte de uma série de lições que escrevi para Escola Bíblica Dominical.
Pr. Osésa Rodrigues