quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Partidos nanicos elegem prefeitos em 15 cidades no segundo turno

Cinco capitais serão comandadas por prefeitos filiados a siglas que seriam atingidas por cláusula de barreira em discussão no Senado


O candidato à prefeitura de Belo Horizonte (MG), Alexandre Kalil (PHS) vota na Escola Estadual Milton Campos - 30/10/2016 (Alex de Jesus/O Tempo/Folhapress) Enquanto o Senado discute um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) para enfraquecer os chamados partidos nanicos por meio de uma cláusula de barreira, prefeitos filiados a siglas que seriam atingidas pela PEC foram eleitos em quinze cidades no segundo turno. Somadas, estas cidades têm 7,5 milhões de eleitores, 5,2% do colégio eleitoral brasileiro. A PEC da cláusula de barreira em discussão no Congresso determina que os partidos devem obter ao menos 2% dos votos válidos para a Câmara dos Deputados em todo o país, patamar a ser alcançado em pelo menos 14 estados.

Cinco capitais terão prefeitos de partidos nanicos a partir de janeiro de 2017. Em Belo Horizonte (MG), o empresário e ex-cartola de futebol Alexandre Kalil, do PHS, que fez 36 prefeitos no primeiro turno, recebeu 52,9% dos votos e venceu o deputado estadual tucano João Leite.
Em Curitiba (PR), o ex-prefeito Rafael Greca (PMN) voltará ao cargo após receber 53,2% dos votos e bater o deputado estadual Ney Leprevost (PSD). Greca é o 29º prefeito eleito pelo partido em 2016. Em Aracaju (SE), Edvaldo Nogueira (PCdoB) foi o escolhido por 52,1% do eleitorado e venceu Valadares Filho (PSB). O PCdoB teve 80 prefeitos eleitos no último dia 2 de outubro.
Reelegeram-se Luciano Rezende (PPS), que bateu Amaro Neto (SD) em Vitória, e Clécio Luís (Rede), que venceu Gilvam Borges (PMDB) em Macapá e se tornou o primeiro prefeito de capital eleito pelo partido da ex-senadora Marina Silva. Além dele, outro marineiro reeleito foi Audifax Barcelos, que se manteve na prefeitura de Serra (ES). Clécio e Audifax se somam aos cinco prefeitos eleitos pela Rede no primeiro turno.
O PPS, que fez 118 prefeitos no primeiro turno, foi o partido nanico que mais elegeu prefeitos neste segundo turno. Dos sete candidatos filiados à legenda na disputa, cinco foram vitoriosos e comandarão cidades com um total de 1,6 milhão de eleitores. Além de Rezende, reelegeram-se Juninho, em Cariacica (ES), e Marcelo Rangel, em Ponta Grossa (PR), em uma disputa contra o igualmente nanico Aliel Machado (Rede). Humberto Souto venceu o prefeito Ruy Muniz (PSD) em Montes Claros (MG) e José Luiz Nanci bateu Dejorge Patrício (PRB) em São Gonçalo, o segundo maior colégio eleitoral do Rio de Janeiro.
Alex Manente, derrotado por Orlando Morando (PSDB) em São Bernardo do Campo (SP), e Haifa Madi, vencida por Dr. Valter Suman (PSB) no Guarujá (SP), foram as únicas baixas do PPS.
O PV, outro alvo em potencial da cláusula de barreira, venceu em três das quatro cidades onde tinha candidatos. Rodrigo Neves e Lauro Michels foram reeleitos em Niterói (RJ) e Diadema (SP), respectivamente, enquanto Samuca Silva foi o vencedor em Volta Redonda (RJ). O único verde derrotado foi Raul Gonçalves, batido por Clodoaldo Gazzetta em Bauru (SP). No primeiro turno, o PV elegeu 101 prefeitos.
Os outros nanicos a terem candidatos eleitos no segundo turno foram o PTN, de Rogério Lins, prefeito eleito de Osasco (SP), e o recém-criado PMB, partido de Naumi Amorim, vencedor em Caucaia (CE).

Nanicos derrotados Entre os nanicos, o PSOL amargou três derrotas, com o deputado estadual Marcelo Freixo, no Rio de Janeiro, o deputado federal Edmilson Rodrigues, em Belém, e o deputado estadual Raul Marcelo, em Sorocaba (SP). No primeiro turno, dois prefeitos psolistas foram eleitos.
Quatro partidos tiveram uma derrota cada: o PMN, de Eduardo Braide, em São Luís (MA), o PCdoB, com Carlin Moura, em Contagem (MG), e o PTN, partido de Dica, candidato em Duque de Caxias (PTN).
Abaixo, a relação de candidatos eleitos, partidos nanicos, cidades e seus respectivos eleitorados:
prefeitura de Belo Horizonte (MG), Alexandre Kalil (PHS) vota na Escola Estadual Milton Campos - 30/10/2016 (Alex de Jesus/O Tempo/Folhapress)

Enquanto o Senado discute um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) para enfraquecer os chamados partidos nanicos por meio de uma cláusula de barreira, prefeitos filiados a siglas que seriam atingidas pela PEC foram eleitos em quinze cidades no segundo turno. Somadas, estas cidades têm 7,5 milhões de eleitores, 5,2% do colégio eleitoral brasileiro. A PEC da cláusula de barreira em discussão no Congresso determina que os partidos devem obter ao menos 2% dos votos válidos para a Câmara dos Deputados em todo o país, patamar a ser alcançado em pelo menos 14 estados.
Cinco capitais terão prefeitos de partidos nanicos a partir de janeiro de 2017. Em Belo Horizonte (MG), o empresário e ex-cartola de futebol Alexandre Kalil, do PHS, que fez 36 prefeitos no primeiro turno, recebeu 52,9% dos votos e venceu o deputado estadual tucano João Leite.
Em Curitiba (PR), o ex-prefeito Rafael Greca (PMN) voltará ao cargo após receber 53,2% dos votos e bater o deputado estadual Ney Leprevost (PSD). Greca é o 29º prefeito eleito pelo partido em 2016. Em Aracaju (SE), Edvaldo Nogueira (PCdoB) foi o escolhido por 52,1% do eleitorado e venceu Valadares Filho (PSB). O PCdoB teve 80 prefeitos eleitos no último dia 2 de outubro.
Reelegeram-se Luciano Rezende (PPS), que bateu Amaro Neto (SD) em Vitória, e Clécio Luís (Rede), que venceu Gilvam Borges (PMDB) em Macapá e se tornou o primeiro prefeito de capital eleito pelo partido da ex-senadora Marina Silva. Além dele, outro marineiro reeleito foi Audifax Barcelos, que se manteve na prefeitura de Serra (ES). Clécio e Audifax se somam aos cinco prefeitos eleitos pela Rede no primeiro turno.
O PPS, que fez 118 prefeitos no primeiro turno, foi o partido nanico que mais elegeu prefeitos neste segundo turno. Dos sete candidatos filiados à legenda na disputa, cinco foram vitoriosos e comandarão cidades com um total de 1,6 milhão de eleitores. Além de Rezende, reelegeram-se Juninho, em Cariacica (ES), e Marcelo Rangel, em Ponta Grossa (PR), em uma disputa contra o igualmente nanico Aliel Machado (Rede). Humberto Souto venceu o prefeito Ruy Muniz (PSD) em Montes Claros (MG) e José Luiz Nanci bateu Dejorge Patrício (PRB) em São Gonçalo, o segundo maior colégio eleitoral do Rio de Janeiro.
Alex Manente, derrotado por Orlando Morando (PSDB) em São Bernardo do Campo (SP), e Haifa Madi, vencida por Dr. Valter Suman (PSB) no Guarujá (SP), foram as únicas baixas do PPS.
O PV, outro alvo em potencial da cláusula de barreira, venceu em três das quatro cidades onde tinha candidatos. Rodrigo Neves e Lauro Michels foram reeleitos em Niterói (RJ) e Diadema (SP), respectivamente, enquanto Samuca Silva foi o vencedor em Volta Redonda (RJ). O único verde derrotado foi Raul Gonçalves, batido por Clodoaldo Gazzetta em Bauru (SP). No primeiro turno, o PV elegeu 101 prefeitos.
Os outros nanicos a terem candidatos eleitos no segundo turno foram o PTN, de Rogério Lins, prefeito eleito de Osasco (SP), e o recém-criado PMB, partido de Naumi Amorim, vencedor em Caucaia (CE).

Nanicos derrotados Entre os nanicos, o PSOL amargou três derrotas, com o deputado estadual Marcelo Freixo, no Rio de Janeiro, o deputado federal Edmilson Rodrigues, em Belém, e o deputado estadual Raul Marcelo, em Sorocaba (SP). No primeiro turno, dois prefeitos psolistas foram eleitos.
Quatro partidos tiveram uma derrota cada: o PMN, de Eduardo Braide, em São Luís (MA), o PCdoB, com Carlin Moura, em Contagem (MG), e o PTN, partido de Dica, candidato em Duque de Caxias (PTN).
Abaixo, a relação de candidatos eleitos, partidos nanicos, cidades e seus respectivos eleitorados:


Prefeito eleito Partido Cidade Eleitorado
Luciano Rezende PPS Vitória (ES)   232.829
José Luiz Nanci PPS São Gonçalo (RJ)   686.207
Juninho PPS Cariacica (ES)   255.477
Humberto Souto PPS Montes Claros (MG)   262.496
Marcelo Rangel PPS Ponta Grossa (PR)   222.716
Rodrigo Neves PV Niterói (RJ)   370.958
Samuca Silva PV Volta Redonda (RJ)   223.240
Lauro Michels PV Diadema (SP)   330.918
Clécio Rede Macapá (AP)   277.688
Audifax Barcelos Rede Serra (ES)   308.151
Alexandre Kalil PHS Belo Horizonte (MG) 1.927.460
Rafael Greca PMN Curitiba (PR) 1.289.215
Edvaldo Nogueira PCdoB Aracajú (SE)   397.228
Rogério Lins PTN Osasco (SP)   566.000
Naumi Amorim PMB Caucaia (CE)   213.181                                         



Fonte: http://veja.abril.com.br/eleicoes-2016/partidos-nanicos-elegem-prefeitos-em-15-cidades-no-segundo-turno/