Quem é o Presidente da OMEGA?Pastor Osésa Rodrigues de Oliveira, Presidente da Igreja Batista Provisão e Vida com Igrejas nos estados de São Paulo, Brasília, Paraná, Rio de Janeiro e Goiás; Diretor da Fundação Cultural Esperança e Empresário proprietário da Graça Livraria e Editora.
Autor dos livros Dinheiro, um assunto Espiritual e Deus x Mamom, Bacharel em Teologia pela Faculdade Teológica Antioquia Internacional e Mestre pelo Sociedade Teológica de Ensino e Pesquisa.
Nos últimos anos vem realizando Conferências nas mais diversas denominações evangélicas no Brasil.
O que pensa sobre a política?
A maturidade nos ajuda a refletir sobre determinados assuntos. Durante alguns anos trabalhei acreditando que poderíamos mudar o nosso país elegendo parlamentares evangélicos, mas a experiência tem mostrado que o poder e o dinheiro mudam a atitude das pessoas. Por mais que sejam bem intencionados, o poder sobe a cabeça e o que temos visto é um grande número de parlamentares envolvidos nas diversas denúncias de corrupção.
A bíblia diz que quando o justo governa o povo se alegra e ser justo necessariamente não significa que essa justiça está ligada a profissão de fé. Há muito ímpios justos e muitos que se dizem evangélicos praticando injustiças que me faz repensar sobre esse assunto.
Quando dou um voto de credibilidade a um parlamentar evangélico, nunca espero que ele cometa injustiça e corrupção. Se Ele comete esses erros é pior do que votar no ímpio, pelo menos se o ímpio cometer injustiça, já posso esperar por isso, mas um parlamentar evangélico seria uma decepção muito grande.
Outra questão que tenho pensado é sobre o Gama, necessito ver a política como um benefício para a população da cidade onde moro. Hoje por exemplo, não temos nenhum parlamentar evangélico na cidade. Os parlamentares que evangélicos que elegemos são de outras cidades satélites e dedica seu tempo e trabalho por elas, mas quando precisam de voto fazem reunião, almoços e outros eventos, mas durante o mandato não têm nenhum projeto para o Gama. Penso que é o momento de ter uma visão mais local da política de forma que isso venha beneficiar a cidade do Gama e nosso povo que dá seu voto esperando melhoria de vida.
Tenho pensado também sobre a ótica profética do tema. Nós pastores somos uma geração de profetas levantados por Deus para fazer a diferença. Na bíblia os reis se sujeitavam aos profetas chamando de “Meu Senhor”, porém os profetas de hoje estão vendidos ao poder por cargos que ganham migalhas em detrimentos da moral e dos princípios éticos do ofício sacerdotal.
Como Presidente da OMEGA, pretendo manter a instituição totalmente desvinculada de qualquer envolvimento político. Tenho minha opinião como individuo e como cidadão e não abro mão disso. Minhas colocações aqui externadas são pessoais e não falo pela instituição sobre questões políticas.
O que Pensa sobre a unidade da Igreja no Gama?
Estamos muito longe de alcançar esse objetivo. A OMEGA vem realizando reuniões mensais onde dedicamos nosso tempo a oração e edificação dos pastores. Realizamos palestras como a conferência com o Pastor Adhemar de Campos e a palestra sobre a saúde da mulher e somente quem esteve presente sabe a riqueza do que recebemos, mas percebo que há mais interesse pessoal do que unidade. Quando convocamos os pastores porque surgiu uma situação nova sobre regularização das áreas nossas reuniões lotam, no entanto os pastores têm tantas dificuldades pessoais e temos a oportunidade de estar juntos compartilhando nossos problemas e orando uns pelos outros, no entanto, ainda estamos longe de ver isso como importante.
Outro agravante é a questão da VISÃO uns falam tanto em unidade, mas não buscam isso. Tenho conhecimentos de diversos pastores que realizam reuniões com fins de unidade, mas não se juntam com ninguém.
O que pensa sobre o Social?
O terceiro setor é a área que mais cresce no mundo. Nunca se dedicou tanto tempo e dinheiro para o social quanto nos dias atuais, além de ser um dos setores que mais contribui para a geração de emprego.
Há cinco anos sou diretor da Fundação Cultural Esperança e já realizamos alguns projetos e vimos à necessidade de a igreja investir mais nessa direção. Quando falo de social, não estou me referindo a assistencialismo. Não vejo a distribuição de cestas, pão e leite ou vales tantos quantos temos hoje. Penso em formação profissional, capacitação, inclusão digital e outras formas de dignificar e valorizar a pessoa.
O assistencialismo mantém a pessoa presa a um modelo político ou de dependência. A capacitação valoriza a pessoa tornando-a independente e capaz de buscar recursos próprios para sua sobrevivência através do trabalho e contribui para moldar o seu caráter.
Há uma quantidade de igrejas que possuem salas que passam a semana sem atividades sendo usadas apenas nos fins de semana que poderiam ser utilizadas para a realização de diversos cursos, palestras e outras atividades sociais.